NA CALADA DE UMA QUARTA-FEIRA DE CINZAS

O povo goiano conhece a nossa causa de anistia e nossa peregrinação na Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, que já dura mais de um ano, quando buscamos uma reparação pelo o roubo que fomos vítimas, na calada de uma noite, no desastroso governo Collor de Mello.
No dia 19/02/09 , centenas de ex servidores, familiares, estavamos reunidos aguardando e "vigiando" a realização da 1a. reunião da CCJ deste ano, quando seria colocada em votação a PEC que embute o artigo 38, que trata de nossa anistia. E para nossa surpresa, o Dep. Fabio de Sousa, autor do artigo 38, faz circular uma nota no Portal da Assembleia Legislativa , adiando e remarcando para o dia 03/03/09, a realização da reunião.
Depois de assistirmos do plenário, toda a sessão, onde o Dep. Humberto Aidar fez dois discursos muito fortes e aplaudidos por todos nós e seus colegas da oposição, a Dep. Mara Naves declarou apoio de toda a bancada do PMDB a n0ssa causa, retornamos para nossas casas com a certeza que teríamos que retomar nossa vigilia no dia 03/03/09.
Grande foi o nosso engano de acreditar que assim seria, já que em plena quarta-feira de cinzas, o presidente da Assembléia Legislativa convocou reunião extraordinária da CCJ, atendendo um pedido do Dep Evandro Magal, o Dep. Fabio de Sousa, o autor do artigo, permitiu, colocando em votação a PEC. O Dep Evandro Magal apresentou voto em separado e foi seguido por mais quatro deputados, e assim, traicoeiramente, sem a nossa presença, contando com minoria para nos defender, foi que que o inescrepuloso dep. Evandro Magal, jogou no lixo, um ano de debates populares, reuniões com deputados, advogados, sindicatos, enfim, todos os aspectos legais e jurídicos que nos amparam.
Abaixado posto matéria publicada no Diário da Manhã falando mais sobre esta traição.

Na CCJ, governo derruba anistia a ex-funcionários

Na CCJ, deputados Fábio Sousa, relator do projeto de adequação da constituição estadual, e Evandro Magal, líder do Governo
Marina Dutrada EDITORIA DE CIDADES
Considerado pelos deputados da oposição como “golpe do Legislativo”, a situação aprovou ontem, à tarde, na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), o arquivamento do artigo 38 da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que trata da anistia aos ex-servidores da extinta Caixego. Já em plenário, mesmo presentes na Casa, deputados da oposição não registraram presença, e a matéria não foi votada. O presidente Helder Valin convocou nova sessão hoje, em que a PEC pode ser colocada em votação. A reunião da CCJ, que estava marcada para a próxima semana e foi realizada ontem a pedido do líder do governo, Evandro Magal (PSDB), causou discussões entre parlamentares de oposição e situação, que alegaram que a votação deveria ser avisada aos ex-funcionários previamente. Durante a votação na CCJ, o deputado Humberto Aidar (PT) solicitou ao presidente da comissão, deputado Fábio Sousa (PSDB), a suspensão da sessão. “A pressa é inimiga da perfeição. Não existe motivo de realizar a sessão em caráter de urgência. Todos estão esperando essa decisão há quase um ano”, explicou. Ele até ironizou: “O carnaval acabou, e as máscaras caíram. O presidente (Fábio) não pode ceder às pressões. Nessa comissão, o senhor foi fraco, e essa comissão não tem espaço para fracos.” O deputado do PMDB, Romilton Moraes, também disse que, se a matéria fosse apreciada naquele momento, a Casa estaria dando um “profundo golpe do Legislativo” à sociedade. “Se for aprovada hoje (ontem), as pessoas e a imprensa se sentirão traídas. A imagem da Assembleia ficará arranhada.” O deputado Cláudio Meirelles (PR) disse ao presidente da CCJ que deveria agir com cautela ao colocar a matéria em pauta. “É preciso certificar de que tudo esteja dentro da legalidade.” Ex-líder do PMDB, José Nelto explicou que o partido foi “pego com as calças na mão”. “Não sabíamos dessa reunião. Grande parte da bancada está fora da Capital, mas já digo que o partido será a favor dos servidores, será favorável à proposta original.”Ao todo, quatro parlamentares – todos de oposição – foram contrários ao voto em separado de Evandro Magal: José Nelto (PMDB), Romilton Moraes (PMDB), Wagner Guimarães (PMDB) e Humberto Aidar (PT). Ao final da votação, na CCJ, Magal não considerou o resultado como motivo de comemoração por parte do governo. “Na verdade, não tem o que comemorar. A matéria é de caráter constitucional. Se for ilegal e aprovada, ela traria sérios transtornos. A pressão seria transferida para o Palácio das Esmeraldas, na casa do governador Alcides Rodrigues (PP).” Também elogiou a atitude de Fábio, que não cedeu às pressões da oposição. “Ele foi o autor da emenda e seguiu apenas o regimento interno.”No fim da tarde de ontem, a PEC que seguiu para o plenário não obteve o quórum necessário (apenas 12 parlamentares) para a apreciação. Magal disse que não caberá mais apresentação de emenda à PEC, uma vez que os parlamentares não o fizeram na sessão extraordinária ontem. Segundo ele, emendas deveriam ser apresentadas regimentalmente durante o prazo de discussão da matéria em plenário.

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