REUNIÃO COM GOVERNADOR E ANISTIADOS DA CAIXEGO


O governador Marconi Perillo (PSDB) foi ovacionado na noite desta quinta-feira (7/8) em reunião organizada pelos anistiados da Caixa Econômica do Estado de Goiás (Caixego), realizada no Centro de Convenções de Goiânia. Diante de mais de dois mil servidores, o tucano reafirmou seu compromisso com a classe, que considera “injustiçada”, e agradeceu: “Sou grato todos os dias por ter reparado esse grande dano, que é a maior injustiça do Estado”, disse, referindo-se à situação dos servidores após a liquidação do banco.

Marconi reiterou que, em nenhuma de suas administrações, deixou de trabalhar para resolver a situação dos anistiados. “Vocês foram humilhados, sacrificados, prejudicados e suportaram quase 25 anos de injustiça. Trabalharam arduamente pela Caixa Econômica do Estado de Goiás e de repente, da noite para o dia, o mundo ruiu. Abriu-se uma grande fenda e ninguém teve a decência de tentar retirar vocês de lá, pelo contrário, se pudessem jogar terra em cima, o teriam feito. Tinham em vocês um fardo, um peso, mas eu não. Vocês são leves e bons de serviço”, afirmou.

A Caixego foi liquidada extrajudicialmente durante o governo Collor (1990-1992) e oficialmente extinta em 31 de dezembro de 1997. Abalada pelo Plano Collor, o Banco Central decidiu pela sua liquidação. À época, a Caixego tinha um quadro de 3.680 funcionários atendendo em 143 agências e postos de atendimento em todo o Estado.

Após sua liquidação, 124 ex-servidores entraram com Ação Civil Pública no Ministério Público (MP) reclamando direitos trabalhistas. A Justiça concedeu a eles o direito de receber R$ 10 milhões, porém, dias antes do segundo turno das eleições para o governo em 1998, R$ 5 mi teriam sido entregues a Otoniel Machado, irmão de Iris Rezende e coordenador de sua campanha naquele ano.

Segundo a acusação, o valor foi usado em favor de Iris naquela disputa, que terminou com a vitória de Marconi Perillo. A Justiça, porém, absolveu todos os acusados e o uso do dinheiro na campanha do peemedebista não foi comprovado.

Em janeiro do ano passado, o governador assinou a anistia a ex-servidores da Caixego, que passaram a ter a possibilidade de integrar o quadro transitório da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) mediante requisição.

Falando aos anistiados, o governador lembrou de sua esposa, Valéria Perillo, que já foi funcionária de banco, ao ressaltar sua alegria ao reparar o que chama de “injustiça histórica”. “Todos vocês que estão aqui são funcionários e seres humanos preparados, bem qualificados, e que dedicaram suas vidas à atividade bancária na Caixego. Eu sou esposo de uma ex-bancária. Valéria trabalhou no caixa do Bradesco durante seis anos e ela me conta como é dura a vida de bancário”, relatou.

Marconi não perdeu a oportunidade de mais uma vez ressaltar que os Cais são de responsabilidade da administração municipal, e não do governo estadual. “Eu tenho orgulho do que nós fizemos pela Saúde em Goiás. Revolucionamos a área e firmamos nossos hospitais, Hugo, Crer, HDT, HGG, etc., como referência nacional em atendimento, diagnóstico e também pesquisas. As pessoas confundem, vão a um Cais, são maltratadas, está ruim, mas acham que a culpa é nossa e não da prefeitura. Nós, sim, respeitamos o povo”.

Ele também citou avanços de sua gestão na educação e as obras de infraestrutura realizadas, pontuando que as ações da atual administração como eficazes e revolucionárias: “nosso governo faz o possível para desenvolver o Estado, nosso PIB multiplicou por 10 neste tempo em que sou governador. As exportações foram multiplicadas por 20, mais de um milhão de empregos foram gerados. Goiás era visto lá fora como um estado periférico, um estado que só tinha índio, hoje nós somos respeitados no Brasil inteiro pela liderança política que temos, pela economia e pelo nosso povo”.

Rebate a críticas

A oportunidade foi também para rebater críticas de opositores, principalmente na área de segurança pública. “Hoje, os opositores querem falar demagogicamente de segurança. Só neste ano nós estamos contratando 3,8 mil policiais, nós fizemos 10 mil promoções para a Polícia Militar neste governo, melhoramos os salários, fizemos um reescalonamento na carreira, nunca se investiu tanto na área”, ressaltou o governador, afirmando que trata-se de “milagre” a realização do que propõem os opositores. “Quando estavam no poder, não pagavam salários em dia, policial andava naqueles Fiats 147, que viviam estragados, sem combustível, policial não tinha nem revólver.”

Ele alfinetou diretamente o também candidato ao governo do Estado Iris Rezende (PMDB): “Falaram que em seis meses resolveriam o problema do transporte público em Goiânia. Resolveu nada! Fez foi piorar”, criticou Marconi. E o governador seguiu relembrando a crise financeira em Goiânia: “agora o problema na prefeitura de Goiânia parece que não é de ninguém, deixaram uma bomba, o problema tá aí. Nem o lixo eles dão conta de recolher, e tem gente que ainda fala: ‘é culpa do Marconi’”, lamentou.

Ao final, o tucano garantiu que, caso reeleito, vai continuar com “o progresso e desenvolvimento já conquistados”. “Eu só peço o dia 1º de janeiro, que é o dia da posse, mas a partir do dia 2 nós pisaremos fundo no acelerador do desenvolvimento e do progresso.”

(Matéria publicada pelo o Jornal Opção no dia 08/08/2014.)

Comentários

  1. Meu pai está na última turma a ser chamada, infelizmente não tivemos como ir prestigiar nosso governador. Gostaria de saber se ele deu algum prazo para chamar a terceira e última turma de anistiados.
    Desde já agradeço.

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    Respostas
    1. Lucas...O Ilustríssimo Governador disse que iria estudar a legalidade de chamar a 3a. turma dentro das leis eleitorais, ou seja, iria verificar se será possível chamar os companheiros restantes o mais breve.

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